quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O que é o Alcoolismo

O Alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal, familiar, social ou profissional da pessoa. O alcoolismo pode potencialmente resultar em condições (doenças) psicológicas e fisiológicas, assim como, por fim, na morte. O alcoolismo é um dos problemas mundiais de uso de drogas que mais traz custos. Com excepção do tabagismo, o alcoolismo é mais custoso para os países do que todos os problemas de consumo de droga combinados. Normalmente os alcoólicos têm dificuldades em cumprir os seus deveres profissionais. O álcool provoca acidentes de visão, diminuindo o campo de visão da pessoa.

Doenças Causadas pelo Alcoolismo

  • Esteatose Hepática (acúmulo de gordura no fígado): Pode acontecer em pessoas que fazem uso constante de bebidas alcóolicas e não são obrigatoriamente alcóolatras. Pode ser diagnosticado em exame de sangue.

  • Hepatite Alcóolica: Esta é uma doença grave, que se caracteriza por fraqueza, febre,perda de peso, nausea, vômitos e dor sobre a área do fígado. O fítgado fica inflamado, causando a morte de multiplas células hepáticas. A doença pode oferecer risco de vida e requer hospitalização. Com tratamento adequado a doença melhora , porém as cicatrizes permanecem para sempre no fígado.

  •  Cirrose Hepática: Este é o estágio final de doença pelo álcool ao fígado. Esta fibrose leva a uma destruição da passagem do sangue pelo fígado, impedindo o fígado de realizar funções vitais como purificação do sangue e depuração dos nutrientes absorvidos pelo intestino. O resultado final é uma falência hepática.
Alguns sinais de insuficiência hepática incluem acúmulo de líquido no abdômen, destruição, confusão mental e sangramento intestinal.

Aproximadamente um terço dos pacientes com cirrose hepática tem história de infecção pelo vírus da hepatite C, e cerca de 50% terão pedras na vesícula. Pacientes com cirrose tem maior chance desenvolver diabetes, problemas nos rins, úlceras no estômago e duodeno e infecções bacterianas severas.

Tratamento do Alcoolismo

O Alcoolismo, hoje em dia, já pode ser tratado com a utilização de três substâncias eficazes na supressão do desejo do álcool que são a naltrexona, a acamprosato e a ondansetrona.
  • Naltrexona: o objectivo desta substância é o bloqueio do prazer proporcionado pelo álcool, cortando o ciclo de reforço positivo que leva e mantém o alcoolismo. Os principais efeitos da naltrexona são o enjoo, o vómito, mas não são intensos ao ponto de impedir a continuação da sua ingestão.
  •  Acamprosato: esta substância além de inibir os efeitos da abstinência, inibe os efeitos do álcool, diminuindo as taxas de recaídas para os pacientes que interrompem o consumo do álcool. Esta substância também tem efeitos secundários, como a confusão mental leve, dificuldade de concentração, alterações das sensações nos membros inferiores, dores musculares e vertigens.
  • Ondansetrona: há poucos estudos sobre a eficácia desta substância no alcoolismo, mas sabe-se que a sua utilização recai sobre os pacientes alcoólicos à pouco tempo. Inibe o reforço positivo, ou seja, inibe o prazer que álcool proporciona.

Bebidas Alcoólicas: Vantagens e Desvantagens

Ninguém resiste a uma taça de vinho ou de licor, bebidas saborosas mas que fazem uma boa diferença quando se trata de emagrecimento. As bebidas alcoólicas não fornecem nutrientes ao organismo, somente calorias. Para se ter ideia, um grama de álcool fornece sete Kcal. Por isso, em programas de emagrecimento, as bebidas alcoólicas são eliminadas, visto que estão no lugar de alimentos e bebidas realmente importantes.
O excesso na ingestão de álcool pode causar oclusão vascular, arritmias, cirrose hepática, câncer gástrico ou intestinal e síndrome alcoólica fetal em mulheres grávidas.

Hoje em dia, já se sabe que existem bebidas, como o vinho tinto, que fazem bem à saúde, ou seja, podem até ajudar, quando consumidas com moderação. Considerado um alimento funcional, o vinho tinto possui flavonóides – substâncias responsáveis pela função de prevenir doenças cardiovasculares por meio de sua acção antioxidante.
A substância previne a deposição de placas de gorduras nas artérias, um dos factores de desenvolvimento destas doenças.

O suco de uva apresenta as mesmas características do vinho tinto e, segundo algumas pesquisas recentes, os flavonóides do suco de uva permanecem por mais tempo no organismo do que a mesma substância presente no vinho tinto. O recomendado é uma taça de vinho tinto ou de suco de uva por dia, com excepção às pessoas que apresentam patologias que necessitam de tratamentos que proíbem a ingestão de bebida alcoólica. Com relação às calorias, o vinho e a cerveja light são bebidas que possuem menos calorias se comparadas com as demais e em relação à quantidade e ao teor alcoólico. Bebidas como o whisky e a vodka, por exemplo, possuem um teor alcoólico maior e, desta forma, apresentam mais calorias.
Com isso, o ideal é ter moderação com relação às bebidas, mesmo com as que possuem efeitos benéficos comprovados e as que possuem menos calorias. Como tudo na vida, para ter uma vida saudável e emagrecer, é importante ter moderação.

 

Como se define o consumo de álcool?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os consumos de álcool em:
  • Consumo de risco;
  • Consumo nocivo;
  • Dependência.
Consumo de risco: é um padrão de consumo que pode vir a implicar dano físico ou mental se esse consumo persistir.

Consumo Nocivo:  é um padrão de consumo que causa danos à saúde, quer físicos quer mentais. Todavia não satisfaz os critérios de dependência.

Dependência:  é um padrão de consumo constituído por um conjunto de aspectos clínicos e comportamentais que podem desenvolver-se após repetido uso de álcool, desejo intenso de consumir bebidas alcoólicas, descontrolo sobre o seu uso, continuação dos consumos apesar das consequências, uma grande importância dada aos consumos em desfavor de outras actividades e obrigações, aumento da tolerância ao álcool (necessidade de quantidades crescentes da substância para atingir o efeito desejado ou uma diminuição acentuada do efeito com a utilização da mesma quantidade) e sintomas de privação quando o consumo é descontinuado.

Quais são as consequências destes tipos de consumos?

O consumo de álcool contribui mais do que qualquer outro factor de risco para a ocorrência de acidentes domésticos, laborais e de condução, violência, abusos e negligência infantil, conflitos familiares, incapacidade prematura e morte. Relaciona-se com o surgimento e/ou desenvolvimento de numerosos problemas ou patologias agudas e crónicas de carácter físico, psicológico e social, constituindo, por isso, um importante problema de saúde pública.
Os hábitos de consumo diferem sensivelmente entre homens e mulheres, mas os homens consomem mais. No entanto, a idade de início do consumo é cada vez mais precoce e assiste-se ao aumento do consumo nos jovens e nas mulheres. 
Muitos factores contribuem para o desenvolvimento dos problemas relacionados com o álcool como sejam o desconhecimento dos limites aceitáveis quando se consome e dos riscos associados ao consumo excessivo.
Um dos benefícios de ser feita a detecção precoce é o facto de os indivíduos que não são dependentes do álcool poderem parar ou reduzir os seus consumos de álcool com adequada intervenção, a qual deverá ser feita pelo seu médico assistente.

Não deve beber rigorosamente nada:

  • Se estiver grávida ou a amamentar;
  • Se conduzir ou trabalhar com uma máquina;
  • Se tomar medicamentos;
  • Em situação de doença;
  • Em situação de dependência alcoólica;
  • Se tiver menos de 18 anos de idade.
As mulheres grávidas não devem ingerir bebidas alcoólicas porque o álcool será absorvido pelo organismo do bebé através do sistema circulatório, o que, na prática, significa que o bebé absorve o que a mãe bebe. Se a mulher grávida beber muito ou beber frequentemente, o bebé em gestação está permanentemente sob a influência do álcool. O mesmo acontece com as mulheres que amamentam.

Quais são as consequências da ingestão de álcool para o feto?

Os hábitos, o grau de dependência e a tolerância da mulher grávida face ao álcool são importantes para determinar os efeitos sobre o bebé. As consequências podem ser muito graves, depois o álcool pode impedir o normal desenvolvimento do feto, quer retardando o seu crescimento, quer provocando lesões cerebrais e malformações físicas ou (…) orgânicas.
Além disso, os bebés podem nascer com a Síndroma de Alcoólico Fetal (SAF), isto é, subdesenvolvidos e com peso abaixo do normal.
Em casos mais graves, nascem com malformações físicas e orgânicas, sofrem de perturbações do comportamento (hiperactividade, descoordenação motora, dificuldades de aprendizagem e de linguagem), desenvolvimento emocional retardado e atraso mental.
Estes sintomas podem ser ligeiros, mas também podem ser extremamente graves e prolongarem-se até à idade adulta, sobretudo no que respeita às doenças mentais e do comportamento.

Devo reduzir os meus consumos ou parar totalmente de beber?

Muitas pessoas que bebem demais devem reduzir, mas outras têm mesmo que deixar de beber.
É muito importante que deixe completamente de beber, se, por exemplo:
  • Tem tremores, geralmente de manhã;
  • Tem problemas de saúde, como doenças do fígado ou do coração;
  • Tem perdas de memória e não se recorda do que aconteceu num determinado período.
Caso detecte qualquer destas situações, deverá deixar de beber completamente. Se tiver dificuldade em fazê-lo, deverá procurar acompanhamento médico.
Um plano por etapas pode ajudar a modificar os seus hábitos de beber.

Verdade ou Mentira?

·         O Álcool aquece?

  O álcool não aquece. O álcool faz com que o sangue se desloque do interior do organismo para a superfície da pele, provocando a sensação de calor. Mas este movimento do sangue provoca uma perda de calor interno, já que o sangue se encontra a uma temperatura que ronda 37º e que é quase sempre superior é temperatura ambiente. Quando o sangue regressa ao coração há necessidade de:

  •  O álcool mata a sede?
 O álcool não mata a sede. A sensação de sede significa necessidade de água no organismo. As bebidas alcoólicas não satisfazem esta falta, provocando, ainda, a perda através da urina, da água que existe no organismo, o que vai aumentar a carência de água, e, portanto a sede.

·       O álcool da força?

O álcool não da força. O álcool tem um efeito estimulante e anestesiante, que disfarça o cansaço provocado pelo trabalho físico ou intelectual intenso, dando a ilusão de voltarem as forças. Mas depois o cansaço é a dobrar, porque o organismo vai gastar ainda mais energias para "queimar" o álcool no fígado.

·       O álcool ajuda a digestão e abre o apetite?

O álcool não  abre o apetite nem ajuda na digestão. o álcool faz com que os movimentos do estômago sejam muito mais  rápidos e os alimentos passem precocemente para o intestino sem estarem devidamente digeridos, dando a sensação de estômago vazio. O resultado é a falta de apetite e o aparecimento de gastrites e de úlceras.

·         O álcool é um alimento?

o álcool não tem valor nutritivo porque produz calorias inúteis para os músculos e não serve para o funcionamento das células. Contrariamente aos verdadeiros alimentos, ele não ajuda na edificação, construção e reconstrução do organismo.


·        O álcool é um medicamento?

O álcool não é um medicamento, é exactamente o contrário porque provoca apenas excitação e anestesia passageiras que podem esconder, durante algum tempo, dores ou sensação de mal-estar, acabando por ter consequências ainda mais graves?

·       O álcool facilita as relações SOCIAIS?

O álcool em quantidades moderadas tem um efeito desinibidor que parece facilitar a convivência. Mas trata-se de uma ilusão, porque nem sempre é possível controlar os consumos nesse ponto e porque a relação com os outros se torna pouco profunda e artificial.